Ambiente Virtual Moodle
- Luan Duarte 
- 4 de jun. de 2019
- 5 min de leitura
Atualizado: 21 de nov. de 2020
Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) são espaços online desenvolvidos com o objetivo de promover a veiculação e interação de conhecimentos entre seus usuários (semelhante ao que acontece nas redes sociais), porém o foco específico é a educação.
"[...] Esses ambientes são chamados de Sistemas de Gerenciamento de Aprendizagem (do inglês: Learning Management Systems – LMS). São softwares projetados para atuarem como salas de aula virtuais e têm como características o gerenciamento de integrantes, relatório de acesso e atividades, promoção da interação entre os participantes, publicação de conteúdos" (BARROS e CARVALHO, 2011, p. 214).
Os AVAs podem ser usados no ensino básico ou superior para complementar os conteúdos passados em sala, empregando recursos online voltados especialmente para esta finalidade, e fornecendo um meio de comunicação com os alunos que vai além dos meios tradicionais (como e-mail, redes sociais ou aplicativos de mensagens).
Por conta de seu desenvolvimento voltado para o meio educacional, os AVAs são bastante utilizados na Educação à Distância (EaD), sendo um ponto chave na aprendizagem desta modalidade de ensino e em cursos semipresenciais, pois “representam uma forma dinâmica e estruturada de estabelecer novos vínculos de aprendizado” (MORENO e HEIDELMAN, 2017, p. 16). Várias iniciativas (públicas e privadas) desenvolvem ambientes virtuais ou plataformas para a criação destes espaços online. Hoje em dia é comum ver escolas, faculdades e outras instituições ofertando cursos parcial ou completamente realizados em ambientes virtuais.
"A ferramenta mais utilizada para este fim é o Moodle, amplamente utilizado nas universidades brasileiras, mas praticamente inacessível para o professor das escolas públicas. Diversos outros AVAs mereceriam semelhante destaque, como o Blackboard, e-Proinfo e Teleduc, entre outros. Entretanto, esses AVAs padecem de uma grande burocratização de acesso para a realidade de nossas escolas" (MORENO e HEIDELMANN, 2017, p. 16).
A palavra MOODLE é o acrônimo de “Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment” (Ambiente de Aprendizagem Dinâmico Orientado a Objetos Modulares), um software livre, de apoio à aprendizagem, executado em um ambiente virtual. Com o Moodle um docente ou instituição interessada pode criar um AVA personalizado e de acordo com seus objetivos. Para isso, é preciso ter ou construir seu próprio site, fazer o download do software desenvolvido pelo projeto, instalar o Moodle na plataforma onde o sítio está hospedado e, a partir daí, construir seu próprio ambiente.
Isso não é uma tarefa fácil para muitas pessoas, mesmo as que entendem o básico sobre tecnologias, e por isso um dos motivos para a pouca utilização do Moodle por professores de escolas públicas é o fato de ser necessário esse relativo conhecimento de informática ou o auxílio de profissionais da área para executar estas tarefas. Apenas algumas escolas particulares e instituições federais ou de ensino superior, que dispõem de recursos e pessoal para isso, desenvolvem seus próprios AVAs usando esta plataforma. É o caso do Colégio Pedro II, que dispõe de um ambiente EaD da própria instituição, e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que possui um Ambiente Virtual de Aprendizagem para seus cursos presenciais e semipresenciais.
No ambiente virtual do Colégio Pedro II (Figura 1) existe a opção de acesso para os professores e estudantes da instituição, bem como a permissão de visualização e participação em alguns dos cursos ofertados aberta para visitantes, desde que estes realizem um cadastro prévio para a utilização. O ambiente EaD desta escola também possui um aplicativo para acessar a plataforma por meio de dispositivos móveis.
Figura 1 – Página inicial do ambiente EaD do Colégio Pedro II. Clique na imagem para acessar ou utilize este link.
Já o AVA da UFRJ (Figura 2) possui acesso restrito apenas para professores e alunos da instituição. Porém sua página inicial serve também como meio de divulgação de eventos e demais atividades da instituição que são de acesso livre.
Figura 2 – Página inicial do endereço AVA @ UFRJ. Cliquei na imagem para acessar ou utilize este link.
Os ambientes virtuais citados acima são apenas exemplos de AVAs construídos no Moodle, como estes podem se apresentar e as opções de acesso que podem possuir. Neles, assim como na grande maioria dos disponíveis, existem ferramentas para promover a interação dos participantes, como: a opções de criação de salas virtuais e turmas de forma organizada; a disponibilização de arquivos (textos, imagens e vídeos) para a realização de atividades pedagógicas; a função chat ou fórum, onde pode ocorrer diálogos entre o professor e os alunos sobre um tema, conteúdo, trabalho passado, ou qualquer atividade pedagógica realizada; entre outras.
Caso um professor ou escola queira desenvolver seu próprio ambiente virtual Moodle, ela precisará seguir alguns passos para a criação de seu AVA e terá de elaborar um planejamento para a gestão e manutenção deste espaço online. Também é necessário um certo conhecimento de informática e programação para realizar algumas tarefas. Por isso é recomendado o auxilio ou contratação de um profissional que trabalhe com este tipo de atividade. Assim, o docente ou instituição de ensino poderá ter mais uma forma de desenvolver suas atividades pedagógicas utilizando espaços educacionais não formais - como a internet.
Assim, os AVAs podem ser uma ótima ferramenta para os docentes administrarem suas atividades fora das salas de aula, disponibilizando conteúdos, notas, informes, atividades avaliativas e demais tarefas; visto que tais espaços se caracterizam e se diferenciam de outros ambientes educacionais porque eles têm uma dinâmica própria para utilização pedagógica, orientada no sentido de estabelecerem metas para o aluno (BARROS e CARVALHO, 2011, p. 214 e 215).
Esperamos que este recurso seja útil para professores ou instituições de ensino que desejam desenvolver seu próprio Ambiente Virtual de Aprendizagem, e que os meios aqui indicados possam facilitar na elaboração desta proposta.
Referências:
AVA @ UFRJ. Disponível em: <http://ambientevirtual.nce.ufrj.br>. Acesso em 27 de maio de 2019.
BARROS, M. G., CARVALHO, A. B. G. As concepções de interatividade nos ambientes virtuais de aprendizagem. In: SOUZA, R. P., MOITA, F. M. C. S. C., CARVALHO, A. B. G. (Orgs.). Tecnologias digitais na educação / Robson Pequeno de Sousa, Filomena da M. C da S. C. Moita, Ana Beatriz Gomes Carvalho (Organizadores). Campina Grande: EDUEPB, 2011. Disponível em: <https://static.scielo.org/scielobooks/6pdyn/pdf/sousa-9788578791247.pdf>. Acesso em 22 de setembro de 2020.
EAD - Colégio Pedro II. Disponível em: <https://ead.cp2.g12.br/login/index.php>. Acesso em 27 de maio de 2019.
GOMES, C. M. EDMODO: uma plataforma educativa para explorar. In: CARVALHO, A. A. A. Apps para dispositivos móveis: manual para professores, formadores e bibliotecários / Ana Amélia A. Carvalho (Org.). Portugal: Ministério da Educação, Direção-Geral da Educação, 2015. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10316/31202>. Acesso em 22 de setembro de 2020.
MOODLE. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Moodle>. Acesso em 30 de abril de 2019.
Moodle Downloads. Disponível em: <https://download.moodle.org>. Acesso em 30 de abril de 2019.
MORENO, E. L., HEIDELMANN, S. P. Recursos Instrucionais Inovadores para o Ensino de Química. Química Nova na Escola, Vol. 39, N° 1, p. 12-18, 2017. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.21577/0104-8899.20160055>. Acesso em 22 de setembro de 2020.
PEREIRA, V. C., SILVA, C. B. M., MACIEL, C. Recursos e atividades para materiais autoinstrucionais em AVA. In: PEREIRA, C. (Org.). Ambientes Virtuais de Aprendizagem / Cristiano Maciel (Organizador). 2ª ed. Cuiabá: EdUFMT, 2018. Disponível em: <https://www.edufmt.com.br/product-page/educa%C3%A7%C3%A3o-a-dist%C3%A2ncia-ambientes-virtuais-de-aprendizagem-2%C2%AA-ed>. Acesso em 22 de setembro de 2020.
SOUZA, L. D. Seleção, organização e disponibilização de conteúdos digitais para Professores de Química através de um ambiente virtual. Dissertação (Mestrado). – Programa de Pós-Graduação em Química em Rede Nacional, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019. 208 f. Disponível em: <https://profqui.iq.ufrj.br/wp-content/uploads/2020/08/Disserta%C3%A7%C3%A3o_2019_Luan-Duarte-de-Souza_Final.pdf>. Acesso em 22 de setembro de 2020.
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Última atualização: 21/11/2020.




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